Antes de tudo é preciso dizer que a Igreja é neutra em relação à política, e que os seus membros são incentivados a participar da política da melhor forma que julgarem. Entretanto, a doutrina da Igreja e os líderes gerais tem dado conselhos sobre quais candidatos os membros devem procurar.
Brigham Young, um dos primeiros líderes da Igreja, disse:
[Um bom governo requer um líder que seja] capaz de comunicar, para que o povo entenda de acordo com sua capacidade, as informações acerca de todos os aspectos da justa administração do governo. Ele deve compreender qual política administrativa seria mais benéfica à nação. Deve também ter o conhecimento e a disposição para exercer sabiamente todo o poder de nomeação, desde que esteja constitucionalmente sob seu controle, e escolher somente homens bons e capazes para os cargos públicos. Ele não deve apenas pôr em execução as aspirações legais e justas de seus eleitores, mas ser capaz de iluminar-lhes o entendimento e corrigir-lhes as opiniões. Todos os bons dirigentes numa administração verdadeiramente republicana devem trabalhar constantemente para assegurar os direitos de todos, sem distinção de seita ou partido. (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, pg. 269)Um dos textos sagrados da Igreja, Doutrina e Convênios diz:
Cremos que governantes, estados e governos têm o direito e a responsabilidade de promulgar leis para a proteção de todos os cidadãos no livre exercício de suas crenças religiosas; mas não cremos terem eles o direito, por justiça, de privar os cidadãos desse privilégio nem de rejeitá-los por suas opiniões, enquanto mostrarem consideração e reverência pelas leis e suas opiniões religiosas não incentivarem motins nem conspirações.
Cremos que a perpetração de um crime deve ser punida de acordo com a natureza do delito; que o homicídio, a traição, o roubo, o furto e a violação da paz geral, em todos os aspectos, devem ser punidos de acordo com sua criminalidade e sua má influência entre os homens, pelas leis do governo sob o qual o delito tiver sido cometido; e para a paz e tranquilidade públicas, todos os homens devem usar sua habilidade para entregar os transgressores das boas leis ao castigo.
Não cremos ser justo misturar influência religiosa com governo civil, o que faz com que uma sociedade religiosa seja favorecida e outra, restrita em seus privilégios espirituais; e os direitos individuais de seus membros, como cidadãos, sejam negados. (D&C 134:7-9)
O Manual da Igreja para líderes preceitua:
Na qualidade de cidadãos, os membros da Igreja são incentivados a participar dos assuntos políticos e governamentais, inclusive do envolvimento no partido político de sua escolha. Também são incentivados a envolverem-se ativamente em causas justas para melhorar sua comunidade no intuito de fazer dela um bom lugar para morar e criar a família.Levando em consideração esses trechos citados, e a fala do Elder Russell M. Ballard, na última Conferência Geral (“Onde há democracia, é nosso dever como membros votar em homens e mulheres honrados que têm o desejo de servir.”) podemos dizer que os membros da Igreja, em geral, procuram candidatos com as seguintes características:
De acordo com as leis de seus respectivos governos, os membros são incentivados a cadastrar-se como eleitores, estudar as questões e os candidatos políticos com muito cuidado e votar nas pessoas que acham que agirão com integridade e bom senso. Os santos dos últimos dias, especialmente, têm a obrigação de buscar, apoiar e dar seu voto a líderes que sejam honestos, bons e sábios (ver D&C 98:10).” (21.1.29, Atividade Política e Cívica)
- Que tenha boa capacidade de comunicação e interlocução
- Que exerça uma boa capacidade de administração
- Que seja sábio
- Que tenha equidade e senso de justiça
- Que considere todas as pessoas, e as proteja em seus direitos
- Que não misture religião com governo civil
- Que seja íntegro e tenha bom senso
- Que seja honesto
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